Barco movido a ondas faz travessia de sete mil quilômetros entre o Havaí e Japão.

Do Havaí ao Japão com as ondas.

Saindo do porto de Honolulu no Havaí, o ambientalista e marinheiro japonês Kenichi Horie, chegou ao Canal Kii na costa leste do Japão a bordo do catamarã Suntory Mermaid II e estabeleceu o recorde da mais longa travessia marítima feita por um barco movido a ondas, percorrendo 6.960 quilômetros

O objetivo da aventura era demonstrar que o novo sistema de propulsão ecológica poderia ser operado em condições reais. A novo barco foi projetado e construído pelo engenheiro Yutaka Terao, do departamento de engenharia naval da Escola de Ciência e Tecnologia Marinha da Universidade Tokai, Japão, e potencializa a energia das ondas para produzir o impulso similar ao de um golfinho, a partir de duas nadadeiras independentes.

Esperava-se que o barco de três toneladas e 31 pés faria a viagem em uma velocidade de 3 a 4 nós por hora e levaria 60 dias para chegar à costa do Japão, mas devido as condições do mar que estava mais calmo, a velocidade média foi de apenas 1,5 nós por hora e a viagem acabou levando 111 dias.

Apesar de tudo, a equipe ficou satisfeita com o resultado. "Conseguimos provar que nosso sistema de propulsão pode completar uma viagem de 7.000 quilômetros", disse Terao em uma entrevista via e-mail. "E podemos facilmente aprimorar a velocidade. Na verdade, os aprimoramentos já estão sendo feitos."

Horie, que comandou o Mermaid nessa jornada, já detém dois recordes mundiais por pilotar barcos ecologicamente corretos: o primeiro, obtido em 1993, pela mais longa distância percorrida por um barco movido a pedaladas, 4.660 milhas náuticas; o segundo, em 1996, pela travessia mais rápida do Pacífico em um barco movido a energia solar, 148 dias.

Na chegada no último domingo, o marinheiro comentou: "Chegou a hora de pararmos de usar combustíveis fósseis. Espero que essa viagem aumente o interesse do público pela energia natural."

Horie, 69, apesar de estar mais magro após sua viagem de três meses e meio no mar parecia bem. "Ainda havia comida no barco, então eu poderia ter aproveitado a viagem por algum tempo, mas acho que vou deixar para a próxima", disse ele com um sorriso.

Fucei no G1.

2 comentários:

tavares crazy hat tattoo disse...

"Horie, 69, apesar de estar mais magro após sua viagem de três meses e meio no mar parecia bem." cara, ele levou quase o dobro do tempo esperado. ainda disse que poderia ter demorado mais e que ainda tinha comida. aposto que só para amenizar a propaganda negativa com o atraso.
mas muito louco isso do barco movido pelo próprio mar. do jeito que as rodovias brasileiras são conservadas, os carros aqui já são quase movidos pelo movimento do asfalto.

Gambá disse...

Tavares...Apesar do atraso, acredito que a aventura foi um sucesso. Afinal quem poderia imaginar que um dia navegaríamos somente pela força das ondas. A tecnologia ainda necessita de aprimoramentos, que devem vir com o tempo.
Já o asfalto brasileiro realmente é uma vergonha. Parte da culpa é do governo que não fiscaliza com rigor (aí entram as propinas) a conclusão das obras de asfaltamento. Caminhoneiros também são culpados porque andam com caminhões carregados demais. O governo também falha porque não fiscaliza, é só ver o estado das balanças de pesagem ao longo de nossas rodovias.
Obrigado por aparecer no blog.